Para a cultura temos três dimensões. A primeira é a formação, quero intensificar, com base na Ecoa (Escola de Comunicação, Ofícios e Artes), através de cursos de média e longa duração, em áreas estratégicas para a cultura, como os ofícios, por exemplo, da carpintaria, serralheria, restauração, iluminação, direção, sonoplastia. São atividades permanentes, mas a cultura, na minha visão, não é apenas responsável pela organização das artes. O jeito de ser do sobralense, em uma visão antropológica, ela é nossa existência, é a intervenção do homem na natureza, a formação profissional deve transcender as artes. Além disso, temos a questão do patrimônio, a revitalização constante, a conclusão das obras da rede subterrânea. O centro de Sobral é um lugar de todos. Há estudos que mostram que 70% da população, de uma forma ou de outra, passam pelo centro. O centro histórico, além de ser referência da nossa história, é um lugar de multiuso. Por isso esse cuidado em relação à rede subterrânea, retificação e padronização dos passeios, acessibilidade, sinalização, enfim. Na verdade, a ordem seria formação, produção, criação e difusão, tanto dos artistas que vivem e trabalham aqui em Sobral, como nos distritos, em outros países. Também vamos fazer uma galeria ao lado do Arco de Nossa Senhora de Fátima, uma estrutura para expor obras, além do compromisso em recuperar a sede do MADI. Estamos examinando se é possível fazer um projeto adequado para ser ali naquele local. É importante animar o uso da Margem Esquerda, onde já tem a Biblioteca, a Ecoa, o Restaurante Popular. Outra coisa é a descentralização das atividades culturais nos Bairros e Distritos de Sobral. Quero que todos os Distritos tenham atividades culturais que possam animar a produção, a criação e a difusão da cultura.
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